Coluna Seja Feliz! @Orbi News
Há 10 anos, no dia 20 de março, o mundo comemora anualmente o Dia Internacional da Felicidade, uma data estabelecida pela Organização das Nações Unidas. A celebração representa, de acordo com a ONU, um momento de reconhecimento da importância da felicidade na vida de todo indivíduo, que é considerado fundamental para a realização dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030, entre eles a erradicação da pobreza, fome zero, educação de qualidade, saúde e bem-estar, e redução de desigualdade.
“É um dia para estar feliz”, segundo as Nações Unidas.
Mas a felicidade é consequência ou causa do seu bem-estar?
Se temos o que comer, estamos felizes?
Se temos um bom relacionamento íntimo, estamos felizes?
Se temos uma família, estamos felizes?
Se temos um bom trabalho, conforto, dinheiro, amigos, estamos felizes?
E se temos saúde, estamos felizes?
A felicidade é uma escolha consciente, sem dúvida alguma. Mas não pode ser imposta. Ser feliz é uma decisão individual e única.
Uma pessoa pode ter tudo acima, e ainda assim estar infeliz. Aí vem um amigo e diz, “mas você tem tudo. Por que não está feliz?” Isso é uma imposição, não uma escolha. O poder da escolha é a base da conquista da felicidade.
O Dia Internacional da Felicidade, com certeza, é um dia importante, mas deveria ser um dia de maior reflexão intima e transformação, e não só celebração.
O Relatório Mundial de Felicidade, divulgado também anualmente, colocou este ano o Brasil no número 49 entre 109 países, forte queda de ranking em relação a anos anteriores. Ganha, por exemplo, da Argentina (42), de Portugal (46), e perde para Croácia (48), Cazaquistão (44), Estados Unidos (15). Em primeiro lugar está a Finlândia, depois Dinamarca, Islândia e Israel.
Não é para refletir?
Como pode o país da felicidade, do samba e futebol, estar tão baixo no ranking mundial da felicidade?
A felicidade é um sentimento íntimo, de contentamento, que independe das circunstâncias.
Sucesso no trabalho, saúde, amor, tudo traz uma sensação de alegria momentânea, consequente de acontecimentos externos. Mas o sentimento profundo de felicidade vem de dentro, e este não pode ser imposto. Vem de um esforço consciente da busca pela felicidade, um direito também claramente expresso na Declaração de Independência dos Estados Unidos.
Não precisamos do Dia da Felicidade para estarmos felizes, mas sim da conscientização real do impacto que esse sentimento tem na nossa saúde, bem-estar, sucesso genuíno, na nossa vida. Precisamos valorizar e rever que, muitas vezes, a felicidade é a causa do nosso bem-estar e conquistas, não a consequência.
Ser feliz é também aprender a lidar com os obstáculos que a vida apresenta com serenidade, paz, amor, compaixão e perdão. Estar feliz apesar de momentos de tristeza, dor, frustração é um exercício constante.
Portanto, escolha ser feliz, não porque hoje é o dia de ser feliz, mas porque você pode ser feliz se começar sua jornada real em busca da felicidade.
Podemos até começar com um dia, mas por que não buscar a felicidade os 365 dias do ano?
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Chris Delboni 
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