Seja Feliz! No Metro Jornal
“Quero olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor, ser paciente, ser compreensivo, manso e prudente.” Essas palavras vêm de uma prece que gosto muito, e ao amanhecer, sempre que posso, leio, reflito e peço pela sabedoria e serenidade necessárias para que, de fato, olhe o mundo, o dia que amanhece, com amor, paciência, compreensão, mansidão e prudência.
Fácil não é. É um exercício constante, principalmente, no mundo em que vivemos, tão ágil, intolerante e impaciente.
Não precisamos fazer tudo para que todos gostam da gente. Mas tem pessoas que parecem fazer tudo para que os outros não gostem delas. Por exemplo, frequento um estabelecimento onde o dono faz questão de ser grosseiro. Berra sem razão e re- clama sempre de tudo com to- dos, que acabam relevando por- que “no fundo ele é boa gente”.
E conhecemos também aqueles que fazem questão de dizer que não fazem questão de ninguém. Mente que eu gosto! Is- so é uma atitude de proteção que as pessoas desenvolvem ao longo dos anos, por sofrimento – e pa- ra evitar o sofrimento, a decepção, a perda. Mas essa parede de defesa, quando a construímos, nos destrói pouco a pouco porque ela impede a entrada da serenidade, paz, amor e felicidade plena.
Quando estão por perto, essas pessoas criam um ambiente de antagonismo, de terror, onde
todos a seu redor pisam em ovos para evitar um mal-estar público. E quando não estão presentes, o sentimento unanime é de des- prezo – ou pena – da pessoa, que acaba não sendo convidada para nada. Mas ela ainda justifica: “eu não queria ir mesmo”.
O que ela não percebe, ou reconhece, é que sua atitude de insegurança e agressividade res- pinga naqueles de convívio mais intimo. Até eles não aguenta- rem e se afastarem por completo, como todos os outros já fizeram por não conseguirem nunca atravessar a barreira de defesa refletida no destrato, maltrato, desrespeito.
O medo de amar só apavora aqueles que temem sofrer.
O primeiro passo para se livrar desse “pânico” é olhar no espelho e de fato compreender a razão de tanta agressividade, irritação, ira e frustração com sua vi- da. Reflita quando você, um ente querido, ou um amigo começou a se afastar de si mesmo. Ao invés de justificar que não precisa de ninguém, se pergunte quem você gostaria de ter a seu lado neste momento.
Derrube o primeiro tijolo da parede da defesa que você construiu e veja o que consegue enxergar pelo buraco que acabou de abrir. Aposto que do outro la- do tem alguém a sua espera e com a esperança de que um dia você voltaria a ser – ou passaria a ser – este ser paciente, compreensivo, manso e prudente.
Vamos tentar?
Chris Delboni é jornalista, educadora e coach de vida e comunicação. Escreve neste espaço quinzenalmente , às terças, sobre a plenitude de uma vida realizada e feliz e os segredos do sucesso que você pode criar.

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