Não tenha medo do não…

Seja Feliz! Por Chris Delboni Orbi News

Quando ouvimos um “não”, normalmente reagimos de forma negativa, com tristeza, raiva, frustração. Mas o “não” hoje, muitas vezes, é um “sim” muito melhor amanhã. Aprendi desde cedo a não ter medo do “não”. Quando ouço um “não”, primeiro considero a racionalidade da imposição e regra para decidir se é valido ou não o “não”.

“Não” devemos atravessar a rua sem olhar e prestar atenção se está vindo um carro, mesmo que tenhamos a preferência. Faz sentido. Mas quantos outros “nãos” escutamos diariamente que não fazem o menor sentido?

Curiosidade sempre foi uma característica nata para mim, e como jornalista, desenvolvi ainda mais minha natureza curiosa. Minha profissão justifica meu questionamento. Sempre pergunto, “por que?” E se a resposta não faz sentido, continuo questionando até entender, ou a resposta se transformar em “sim”.

Meu pai costumava dizer, “o não já temos”; “vamos tentar um sim”. E assim deve ser, sem medo do “não”, tentarmos compreendê-lo ou transformá-lo no “sim”. Mas quando o “não” é definitivo, devemos não só o aceitar, mas entender intrinsicamente que é o melhor para nós.

Tive dois exemplos profissionais que ilustram bem.

Quando me mudei de Washington, onde trabalhei como correspondente por mais de uma década, para Miami, onde almejava entrar no jornalismo acadêmico, primeiro bati nas portas da Florida International University (FIU). Fui recebida, mas não contratada. Disseram que eu não tinha experiência no jornalismo local, e voltasse quando tivesse. Aceitei, e levei meu currículo à Universidade de Miami (UM). Lá fui recebida de braços abertos, dando início a minha carreira acadêmica. Dois anos e meio depois, a FIU lançou uma redação, South Florida News Service. Sai da UM, e me tornei a primeira diretora do programa.

Se tivesse sido admitida na época, não teria adquirido a experiência necessária na redação tradicional da Universidade de Miami para ser contratada na FIU num cargo bem melhor do que professora adjunta.

Anos depois, sai da FIU, com o intuito de criar um instituto de jornalismo na Flórida. Uma das instituições que procurei foi a Nova Southeastern University (NSU). Depois de meses de conversa, não deu certo. Aceitei. Voltei a dar aula na FIU, enquanto me desenvolvia paralelamente como coach de comunicação e vida.

Quando eu menos esperava, o destino me levou de volta à NSU, que estava contratando um novo diretor de sua redação acadêmica – Student Media – composta de um jornal, radio e TV. Posição perfeita para mim. Fui contratada em dois dias.

Refletindo sobre esses dois “nãos”, entendi como me trouxeram “sims” muito melhores quando eu estava pronta, preparada para o desafio.

Por isso, é importante sempre questionar um “não” sem razão, mas, quando definitivo, confie que pode ser temporário, e somente um período de preparo para um “sim” ainda mais significativo na sua jornada de vida.



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