“The only thing we have to fear is fear itself”. FDR, 1933.

Como superar o maior risco de todos em tempos de incerteza: o medo. COVID-19, 2020.

Por Chris Delboni
#amorvid-2020

No discurso de posse do então Presidente americano Franklin Delano Roosevelt em 1933, ele citou a famosa frase: “A única coisa da qual devemos ter medo é do próprio medo”, uma mensagem importante de otimismo e sensatez para um povo que vinha da “Grande Depressão”, ou “Crise de 1929”, como ficou conhecido esse tempo de pânico dos mercados e escassez.

A crise que estamos vivendo hoje do COVID-19 faz lembrar a sombra desses momentos sombrios, quando, mais uma vez, a frase que marcou história deve ser relembrada.   O maior perigo do coronavirus não é o grau de fatalidade, mas a morte do espírito de união, caridade, solidariedade e amor.  O maior risco que estamos vivendo como resultado desse pânico mundial é a potencialização do egoísmo, a desunião, a separação e o temor da escassez, que já começamos a sentir com a falta de papel higiênico e água nos supermercados americanos, assim como o aumento de vendas de armas de fogo.

Momentos de crise trazem à tona uma maior fragilidade humana, quando mais precisaríamos nos unir e não temermos uns aos outros.  O que devemos temer é o isolamento que gera um clima de desconfiança e individualismo.

Fechar o comércio, que nos serve, e o convívio, que alimenta nossa alma, faz parte de um terrorismo indireto, interiorizado, do pânico, cujo medo nos escraviza. Se aceitarmos cegamente a falta de liberdade que COVID-19 – e os governos mundiais – estão impondo, corremos riscos ainda maiores do que a ameaça de qualquer ataque terrorista visível.

Com os atentados de 9/11, os Estados Unidos foram forçados a reconhecer sua fragilidade como nação, até então a mais poderosa do mundo, o que criou um clima de enorme desconfiança geral nas ruas, um sentimento que vivi como correspondente em Washington na época.  Mas foi um momento que trouxe também uma união muito grande do povo contra a percepção de um inimigo comum.

O maior desafio – e perigo – que enfrentamos hoje é justamente o pânico mundial, uma prova que estamos passando para determinar se somos ou não mais fortes do que o vírus que está isolando o mundo, ao invés de unir para a cura.

A maior força do ser humano é o amor, a arma mais poderosa em qualquer situação.  Mas como podemos encher o coração desse mantimento se não podemos estar em contato e tocar as pessoas que amamos? Não digo toca-las fisicamente, para evitar expormos pessoas de maior risco, um risco real, mas toca-las no coração.

Estamos sucumbindo as pressões e criando nossa própria guerra para nos protegermos do coronavirus, um inimigo desconhecido, que está fechando fronteiras e isolando familiares, amigos e colegas, assim como limitando uma das nossas maiores riquezas, que é a educação.  A Florida International University, onde dou aula de jornalismo, começou a partir da semana passada aulas virtuais, e o Miami Dade College cancelou as classes por duas semanas para todos se prepararem para a transição ao ensino online.

Ao invés de temermos o inimigo COVID-19, precisamos vence-lo com união e amor, não separação e a destruição econômica que estamos vendo, e que está gerando um caos mundial. Cada um de nós tem que criar novas armas para refletir o amor, a solidariedade, caridade e liberdade, a única forma de destruirmos o verdadeiro inimigo chamado medo e egoísmo, e vencermos.

Como?

Começando pelas pessoas que amamos, e aproveitando esse desafio para nos perguntar: o que eu posso fazer por você?  Se o abraço físico é arriscado para evitar o potencial do contágio com o vírus, que tal um gesto de amor que tem o poder real de contaminar o mundo de forma positiva?

Vamos enxergar o desafio do COVID-19 como uma oportunidade de nos transformarmos, nos aproximarmos do que realmente importa, de nos libertarmos do medo e nos fortalecermos com a arma do amor.

AmorVID-2020 é o único antidoto para tratar o maior vírus de todos: do egoísmo, do isolamento e do medo.

Vamos descobri-lo juntos e dissemina-lo?

Cuidado sempre! Pânico nunca!

#amorvid-2020

Por Chris Delboni, 17 de março de 2020



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