Brechó virtual de bolsas em Miami vende US$1 milhão em 2011

Apaixonado por luxo, o empresário colombiano Roberto Szerer descobriu uma grande oportunidade durante a crise econômica nos Estados Unidos e resolveu investir num ramo que recessão nenhuma afeta, diz ele: a paixão das mulheres por bolsas de grife.

“As mulheres são apaixonadas por bolsas. Quem pode, vai comprar produtos caros.  Mas sempre vai ter quem quer um produto original com uma boa oportunidade”, diz Szerer, que abriu em setembro de 2010 Luxe Designer Handbags.   “É como carro usado”, diz ele.  “Sempre vai ter mercado”.

Roberto Szerer, CEO, mostra uma Chanel Jumbo Flap, que estava vendendo por US$2.500. A original pode custar mais de US$4.000.

Roberto Szerer, CEO, mostra uma Chanel Jumbo Flap, que estava vendendo por US$2.500. A original pode custar mais de US$4.000.

No ano passado, o site LuxeDH, como é conhecido, vendeu mais de US$1 milhão e espera um rendimento de até cinco vezes maior este ano.

As vendas correm o mundo e o Brasil é destino de 2% das mercadorias despachadas, o que representa de 30 a 40% do consumo internacional.

“O brasileiro gasta entre US$650 e US$ 1.000 por compra”, diz o CEO da empresa, que ao longo dos anos, desenvolveu extensa experiência com o comércio no Brasil.

Quando se mudou há 14 anos de Bogotá para Miami, Szerer abriu com um sócio americano, casado com uma brasileira, uma empresa de distribuição exclusiva para a América Latina de sapatos infantis – do Mickey Mouse aos tênis All Star.  O Brasil era um dos principais mercados.

“Adoro o Brasil”, diz o empresário que reconhece o bom e luxuoso gosto do brasileiro.

Prateleiras com as bolsas que chegam no estoque diariamente

Prateleiras com as bolsas que chegam no estoque diariamente

O escritório fica em Hallandale Beach, próximo de Miami, onde a mercadoria mal chega e já sai.

O site mantém um inventário constante de quinhentas a mil bolsas e tem vendido, em média, 400 por mês.  Os preços variam de US$99 à US$4.500, que foi o valor da  bolsa mais cara já vendida até hoje: uma Hermès Kelly, que de primeira mão sairia entre US$8.000 e US$10 mil.

Hèrmes Kelly - Cortesia: LuxeDH

Hèrmes Kelly – Cortesia: LuxeDH

O frete nos Estados Unidos é gratuito e o internacional, US$44,95 por item.

Szerer diz que o vendedor tem um perfil semelhante ao do consumidor: “mulheres de classe média-alta que tem bolsas no closet e não estão usando. Ai se dão conta de que podem vender”.

Elas podem oferecer a mercadoria pelo site ou, quando a quantidade é grande, levar pessoalmente no escritório para avaliação. Todas as bolsas são autenticadas no local.

Szerer disse que, uma vez, uma Venezuelana chegou com 56 bolsas para vender.

“E essas eram apenas as que ela não estava usando”, conta.

Ele diz que muitas mulheres gostam de “reciclar produtos de luxo”.  Elas querem sempre estar com bolsas novas, mesmo que usadas.

Kimberly Blue, 25, é diretora de serviços ao cliente – e também assídua consumidora.  Ela diz que adora o trabalho –  ainda mais por ter a chance de trocar as bolsas com frequência.

Depois de um tempo usando a mesma, ela vende de volta para LuxeDH e compra uma nova, de segunda mão.

Gucci Galaxy Python - Cortesia: LuxeDH

Gucci Galaxy Python – Cortesia: LuxeDH

Para ela, a bolsa mais bonita que chegou foi uma Gucci Galaxy Python preta.

“Foi a bolsa mais linda que já vi”, diz Kimberly.  “Se pudesse, teria colocado em um quadro”.  A bolsa saiu por US$3.200.  Uma nova custaria US$7.000.

Szerer diz que a resistência inicial de comprar uma bolsa de segunda mão desaparece na hora que a mulher a coloca no ombro, como ocorreu com sua própria esposa, Margie.  Ele conta que ela não estava botando muito fé no negócio até as mercadorias começarem a chegar.

O primeiro pedido foi o dela: uma Balenciaga marrom por US$800.

Ninguém vai perguntar onde comprou, diz Szerer.  “Quando está nas mãos parece nova”.

A empresa oferece mais do que uma bolsa, diz ele.  Proporciona “estilo de vida”.

LuxeDH no momento oferece 11 marcas: Balenciaga, Bottega Veneta, Chanel, Chloé, Dior, Fendi, Gucci, Hermès, Louis Vuitton, Marc Jacobs e Prada.

Kimberly Blue, diretora de serviços ao cliente, mostra a sua Gucci favorita do momento.

Kimberly Blue, diretora de serviços ao cliente, mostra a sua Gucci favorita do momento.

Szerer pensa em expandir os produtos e incluir joias, e também considera abrir uma loja em Miami no futuro.  Mas no momento, sua meta é clara: “Construir a maior boutique online de bolsas de grife de segunda mão com certificado de garantia”.

Box:

Website: LuxeDH
E-mail: cs@luxedh.com
Telefone nos EUA: 888-925-3424
Direto na Flórida: (954) 362-9499

* Texto originalmente publicado pelo portal de notícias iG.com.br na coluna Direto de Miami



Categories: Direto de Miami

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