Simpatia, empatia e compaixão

Seja Feliz! Orbi News

Quando escutamos a palavra “apatia”, entendemos imediatamente que é um sentimento de distanciamento, indiferença, insensibilidade, falta de interesse.

Mas quando falamos em simpatia, empatia e compaixão, não é tão claro o que sentimos e como agimos em cada circunstância.

Sentimos simpatia em relação a pessoas que descobrimos, e temos, afinidades, e mesmo sem nos conhecermos bem, nos sentimos bem ao lado deles, atraídos pelo seu jeito, carisma, pela sua simpatia.

Empatia é a “capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer”. Quando dizemos que sentimos empatia por alguém, basicamente nos colocamos no lugar do outro, imaginamos sentir o que ele sente.

Já compaixão é um “sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor”.

Portanto, quando simpatizamos com alguém, não sentimos o que ele sente. Simplesmente gostamos de estar junto, sua presença nos faz bem. Quando sentimos empatia, sofremos junto. E quando sentimos compaixão, não sentimos a sua dor, mas estendemos nossa mão como um apoio para ajudar a superar momentos difíceis.

“A compaixão vai além da capacidade de se colocar no lugar do outro: ela nos permite compreender o sofrimento do outro sem que sejamos contaminados por ele”, escreve Ana Claudia Quintana Arantes no seu livro A morte é um dia que vale a pena viver. “A empatia pode acabar, mas a compaixão nunca tem fim. Na compaixão, para irmos ao encontro do outro, temos que saber quem somos e do que somos capazes”.

Assim, a simpatia nos conecta, com leveza. Já a empatia traz em si uma dor que não nos pertence, e, de fato, nos paralisa. Quando sentimos a dor do outro, não temos força, nem serenidade ou sabedoria, para ajudá-lo, ou a nós mesmos.

A compaixão, sim, é um sentimento baseado na caridade, no desejo de ajudar, de agir, de fazer algo para assistir na dor, no sofrimento alheio.

Ainda usando as sabias palavras de Arantes, “se tenho compaixão, posso oferecer ou buscar ajuda”.

Desde a infância, sempre tive a tendência de ajudar o outro. Minha mãe conta de uma amiguinha que não tinha braços e pernas. Ela queria subir nas arvores, como eu fazia. Eu a ajudava. Por instinto, ainda muito pequena, hoje vejo que eu não sentia empatia por esta menina, e sim compaixão. Se tivesse empatia, eu sofreria pela sua dor da falta dos membros. Mas ao contrário, ao não me identificar com ela, eu podia incentivá-la a se superar e, assim, realizar um desejo seu. Claro, eu também sentia muita simpatia por ela.

Quando nos jogamos para salvar alguém, sempre corremos o risco de morrer junto, nos afogamos na dor do outro. Mas se sentimos compaixão, agimos e temos condições de fazer a real diferença na sua vida.

Comece, portanto, a refletir intimamente quando sentir empatia por alguém e tente transformar esse sentimento em ação através da compaixão.



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