Quando você se olha no espelho, o que você vê?

Coluna Seja Feliz! Leia no Metro Jornal.

Todos nós já ouvimos ao menos uma vez na vida a “Oração da Serenidade”: “Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar; coragem para modificar aquelas que posso; e sabedoria para conhecer a diferença entre elas”.

E tão importante quanto reconhecer a diferença entre as coisas que podemos mudar e as que devemos aceitar é aprendermos também a respeitar quem somos, nossa essência. Isso implica em reconhecermos as coisas que não podemos mudar em nós e aceitarmos as características que nos fazem ser o que e quem somos, mesmo que às vezes não gostemos delas. Isso chama-se autoaceitação, um dos requisitos principais para encontrarmos a felicidade plena, verdadeira.

Mas sem perder de vista a segunda parte da “Oração”: “coragem para modificar aquelas que posso”.

O que pode mudar para gostar do que, e quem, vê no espelho? 

Simples assim, aceita-se ou muda.

Animais, por exemplo, não têm inseguranças, como conhecemos, mas medos reais. Diante do perigo, os animais brigam ou correm.  Mas nós lutamos e fugimos inúmeras vezes sem sairmos do lugar, até de quem somos. Com base não em medos reais e sim em ilusões construídas por nossas inseguranças, lutamos frequentemente por batalhas erradas e fugimos de situações que, na verdade, poderiam ser oportunidades. Se nos aceitamos.

E tão importante quanto a autoaceitação é a aceitação de cada momento de nossa vida.

Estamos sempre um passo à frente de algumas pessoas e um passo atrás de muitas outras.  Aceitar nosso papel naquele momento —profissional, amoroso, social e financeiro, por exemplo— é o que nos traz a serenidade e a coragem para seguir em frente.  Todos nós conhecemos pessoas que jamais estão satisfeitas consigo mesmas. Em Nova York, há quem reclame das ruas sempre lotadas de Manhattan; em Washington, que tem muita política; em Miami, que faz muito calor o ano inteiro.  Mas isso é a realidade de cada cidade.  Não gosta, mude-se.

Quantas vezes recebemos sinais de que um trabalho já não nos dá mais prazer ou de que uma relação já não tem mais razão de continuar?  Por que não prestamos atenção a esses sinais, e aceitamos? 

O segredo é nos aceitarmos, aceitarmos as diversas situações que surgem em nossas vidas, e reconhecermos o momento de agir.

A vida é como um semáforo, com luz verde, amarela e vermelha.  A verde é sinal para irmos em frente.  A amarela, muito importante, quer dizer, “avalie” se é melhor seguir ou esperar o verde de novo.  Nossos erros acontecem normalmente quando avaliamos erradamente e não aceitamos o momento que estamos vivendo, avançando a luz amarela sem estudar as consequências.

E, o pior, quando avançamos o sinal vermelho, o mais perigoso de todos.  Significa “pare”.  Não faça nada nesse momento. Quando cruzamos os faróis vermelhos da vida, quase sempre acabamos com sérios problemas, uma trombada, um acidente que pode nos destruir. 

Espere.  Quando tiver verde de novo, siga em frente com segurança.  O farol da vida também sempre acaba reabrindo.



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